Com lançamento previsto para novembro de 2025, iniciativa substituirá o Auxílio Gás e deve beneficiar cerca de 50 milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade.
O Governo Federal lançou em setembro de 2025 o programa Gás do Povo, que vai substituir o antigo Auxílio Gás e garantir a entrega gratuita de botijões de gás de cozinha para famílias de baixa renda em todo o país. A medida, que começa a ser implementada em novembro, deve alcançar 15,5 milhões de famílias, o equivalente a aproximadamente 50 milhões de pessoas.
O novo formato busca simplificar o acesso ao benefício. Em vez de repassar valores em dinheiro, como acontecia no Auxílio Gás, o programa vai distribuir diretamente os botijões em revendas credenciadas, por meio de vales digitais, cartões específicos, QR Code ou até mesmo o cartão do Bolsa Família. O objetivo é garantir que o auxílio chegue efetivamente na forma do produto.
Critérios de acesso
Terão direito ao benefício famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 759), com prioridade para as que recebem o Bolsa Família, cujo limite é de R$ 218 por pessoa.
A quantidade de botijões anuais será proporcional ao tamanho da família:
Até 3 botijões por ano para famílias de duas pessoas;
Até 4 botijões por ano para famílias de três pessoas;
Até 6 botijões por ano para famílias com quatro ou mais pessoas.
Investimento e cronograma
Para 2025, já estão previstos R$ 3,57 bilhões no orçamento da União. Em 2026, o valor deve chegar a R$ 5,1 bilhões, quando o programa estará em plena operação. O governo estima a distribuição de cerca de 65 milhões de botijões por ano.
O cronograma prevê o início das entregas em novembro de 2025, com expansão gradual até março de 2026, quando todas as famílias elegíveis deverão estar contempladas.
Impactos sociais
O Gás do Povo busca combater a pobreza energética e reduzir o uso de lenha, álcool ou querosene para cozinhar, práticas comuns em lares mais vulneráveis. Além de melhorar a qualidade de vida, o programa também deve ter impacto positivo na saúde pública, especialmente de mulheres e crianças expostas à fumaça da queima de lenha.
A iniciativa também dialoga com compromissos internacionais de transição energética e justiça social, reforçando a posição do Brasil em agendas como o G20 e os BRICS.
Com essa mudança, o governo pretende não apenas garantir segurança alimentar, mas também promover dignidade e qualidade de vida para milhões de brasileiros que dependem do gás de cozinha em seu dia a dia.