Mulher de 33 anos atuava em Porto Alegre, Canoas e Guaíba sem formação, usava registro de outra profissional e é acusada de prejudicar famílias vulneráveis.
A Justiça do Rio Grande do Sul aceitou a denúncia contra uma mulher de 33 anos acusada de atuar como falsa psicóloga em Porto Alegre, Canoas e Guaíba. Ela passa agora a responder como ré pelos crimes de exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica.
Segundo as investigações, a mulher se apresentava como especialista no atendimento de crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista (TEA) e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O Ministério Público do RS havia protocolado a denúncia em 2 de agosto, e a Justiça recebeu o caso no dia 8.
Conforme o Tribunal de Justiça, a acusada ainda não apresentou advogado, mas o prazo para a defesa segue em andamento. Ela já havia sido indiciada pela Polícia Civil no final de julho, e outro inquérito, conduzido pela Divisão Especial da Criança e do Adolescente (Deca), apura possível crime de estelionato.
Atendimentos ilegais e prejuízos às famílias
De acordo com a promotora de Justiça, Marcéli da Silva Serafim Preis, a denunciada causou danos irreparáveis a crianças e adolescentes atendidos, além de impactar famílias vulneráveis que buscavam ajuda profissional.
Entre os materiais apreendidos durante a operação policial estão receituários, documentos de pacientes, carimbo de psicóloga, diploma falso e fotos de formatura. A investigação aponta que a mulher chegou a iniciar o curso de Psicologia, mas nunca concluiu a graduação.
Para enganar os pacientes, ela utilizava o registro profissional de uma psicóloga de Ivoti, sem o conhecimento da verdadeira titular. Nas redes sociais, se apresentava como psicóloga clínica com supostas especializações em neuropsicologia, TEA, TDAH e neurodisfunções, divulgando os atendimentos de forma ilegal.
Situação atual
A acusada teria atuado irregularmente por cerca de três anos, atraindo novos clientes principalmente pelas redes sociais. A Polícia Civil e o Ministério Público seguem investigando se houve prática de estelionato contra famílias que contrataram os serviços.
Fonte: GZH
